Esta é a verdadeira resposta para todos. Sim, estamos todos doentes. Sempre existe um "porém" em seus sapatos, a comida não tem gosto, a companhia não te faz sentir nada, sobra somente o vazio e o tempo. O tempo nunca passa, cada segundo é indigesto, e tudo sempre tende a piorar. Os índices, o sofrimento, a inflação, o furto, a morte, as vozes, o barulho, as pessoas. Tudo te enjoa, você olha pro céu, e se pergunta por quê não pode alcançá-lo, e de repente, te passam ideias de vida após a morte, e algo além disso, mas nada se encaixa. E por quê, afinal, estamos aqui? Andar, falar, brincar, aprender, beijar, roubar, fazer 18, vestibular, festas, doenças, preocupações, independência, prudência, casar, descanso, falência, envelhecer, tudo isso pra quê? No final das contas, quem pode nos assegurar de algo? A diferença entre a vida e a morte somos nós, estamos mais próximos da morte do que de carros voadores ou a cura do câncer. Então por quê, meu Deus, existir? Para aprender tudo, e nos odiarmos depois? Para perdermos o gosto da vida, encarcerar-nos dentro de todas as dúvidas, enlouquecendo-nos?