"Pus meus óculos e sentei nesta cadeira. Eu passei um tempo pensando no que poderia postar aqui, porque tive ideias de desativar o blog, bobeira da minha mente. No entanto, hoje, uma pessoa me fez ver que não é assim que a vida caminha: estar com raiva de verdades e querer tirá-las da sua vida, descobrir que um dia você morre e simplesmente ignorar o perigo, etc. Fomos tão protegidos, quando crianças, de todos os perigos e de todas as verdades (porque, em geral, verdades são feridas internas que ninguém quer ver ou descobrir) que nos acostumamos a querer (ou achar que podemos) ignorá-las ou mudá-las. O mundo não muda as pessoas, as pessoas mudam a si mesmas de acordo com as épocas e de acordo com a coragem e vontade de cada um de agir ao invés de "somente pensar". Então passando pelo dia de hoje, eu percebi o quanto me falta de cada coisa necessária para sobreviver ao mundo e, principalmente, às pessoas que valorizam suas verdades.
      Eu não sou a mais bonita. Eu não sou a mais inteligente. Eu não sou uma mulher nota dez. Apenas me olham como uma garota, porque não sabem quem sou, o que penso, como penso, ou se sou detestável como muitas mentes. Infelizmente, para conviver comigo, terá de existir na pessoa uma paciência intensa, um carinho extremamente cuidadoso e principalmente, saber quando deve ouvir e acreditar no que digo, e saber quando dizer apenas "eu te amo". Não caio na ideia de pessoas fáceis, de pessoas complicadas. Se fingem de complexas para que o mundo tente desvendá-las, e quando desvendam, se decepcionam, porque não era nada mais do que uma mente manipulável por atenção. Tudo isso aprendi em uma tarde, que para muitos foi a tarde da sua vida, e para outros, mais uma tediosa tarde de domingo.
      Mas a pessoa que me fez ver tudo isso é que é inacreditável. É meu melhor amigo, meu defensor, meu esposo e amante. Pareceu-lhe, este texto, que era para falar sobre algo totalmente pessoal? Nem tanto. Este homem me mudou muitas vezes, me fez sentir cada sentimento que se possa imaginar no mundo. E nunca indiferença. É com quem eu como, com quem assisto House M.D., com quem faço as pazes toda vez que brigo e que nunca consigo ficar com raiva por mais de uma hora. Ele tem o melhor e mais belo sorriso do mundo, o único que me faz sentir-me em casa e tranquila. O único que eu faria andar de ônibus em uma tarde fria de folga para comprar fast-food para levar para casa. Me faz bem acordar do seu lado todo o dia, e saber que ele adora me chamar de "minha esposa" ou "minha mulher". Saber que se preocupa tanto comigo, cuidar de mim como se fosse um bebezinho, e se divertir comigo falando coisas engraçadas a respeito de qualquer coisa no mundo. É com ele que eu vejo as cores do meu dia, ele é quem limpa as lágrimas dos meus olhos. Se eu não fosse eu, e já não soubesse o que esperar do mundo, ele seria minha esperança. E eu sei disso porque, hoje, ele é.
     E já não me importo mais com quantas mulheres lindas eu possa me comparar e me achar comum. Não me importa a opinião do seu tio ou da sua amiga. Sou feliz porque acredito em sua verdade, a de me amar sobre todas as coisas - porque já me encheu de provas que nem mesmo sabia que eram provas. E ele tem um amor selvagem e doce, como morangos, que são o símbolo da sexualidade dos tempos e da doçura do seu sabor. Talvez não explique aos demais o que eu sinto por ele, o que não importa, já que quem deve entender é a quem o sentimento é direcionado. Eu te amo, Renato, amo, enlouqueço, desejo, sinto, e vou com você até o fim do mundo encontrar uma moeda perdida ou uma verdade simples, e de difícil compreensão humana: o amor que aprendemos a ter por pessoas que nunca nos viram quando ainda usávamos fraldas ou brincávamos de esconde-esconde."

  "Seu dia já começa em falso. Você pisa naquilo que não vê, você passa por aquilo que não te interessa, mas te completa. Você é um esterótipo, você tem todos. Nem mesmo os deuses saberiam te definir, pois tens uma consciência geniosa, cheia de ideias que parecem encantar, mas não são nada além daquilo que você não é. Gostas de atenção. Ama os olhares. Mas não sabes tu que a vida só te olha porque tu a chama, porque tu sempre foi apenas mais uma entre os grãos, com vontade e sede de destaque.
   Dizima teu inimigo, ama o teu amigo, estraçalha os tão perto de ti, de modo que se arrastem a teus pés. Não aceita o não, tua vida é o sim. Se te vires em situação contrária, pobres dos que do outro lado estão! A piedade não está em ti, está nas tuas ideias. Tem uma vida lixo, tão cheia de todos, mas tão vazia de tudo. Arrasa nas ruas, nas praias, nas esquinas, nos cabarets, para inclusive estar sozinha em teu mundo.
   Tu não olhas o espelho nas manhãs frias. Se olhasse, veria um ser irascível e incompreensível, sem amor e quase sem vida. A tua tempestade está à vista de todos nós. Não enganas, não reclamas, não encantas. É apenas mais um protótipo da sociedade em que vive. Sai e se diverte, bebe, beija, transa, repele, encanta, exausta, volta para casa e chora. Porque você se esconde de todos, mas não se esconde de si mesma. Tem vergonha de se olhar e ver que mudou desde quando se perdeu, e que perdeu seus amigos desde que mudou. E que agora tem olhares temerosos vestidos de admiração, vozes sussurrantes nas sombras atrás de você.
   A vida tranquila que não escolheu passou. Sofra em tudo, sofra porque já fez outros sofrerem, sofra porque nunca se importou de verdade. Nada espero de ti, porque não se tem nada que esperar de uma concha vazia no infinto amargo do mar."

Você me tinha, você me via. Estava ao seu lado o tempo que você precisasse, porque assim era o prometido, há não sei quantos mil anos atrás. Mas não ache, não espere, que seja de minha natureza parar. Sou uma constante variável, retórica?, entristecida pelo modo como o mundo vê uma pessoa do meu jeito - pura, idealista, sonhadora.
Basta!, isso eu não sou. A maior realidade de todas é a que eu vivo, é viver para amar, é viver para o amor. Minha vida nada tem de poético. Eu não acordo, não beijo, não como, não trabalho, não reclamo, não canso. Eu apenas amo. E todo é resto é apenas a melhor forma de sobreviver para fazer o que eu faço de melhor: amar.

E você, que vai longe, não me espere, é possível que eu não volte nunca mais. Você partiu meu coração, não espere condolências. Siga a vida, siga as estrelas. Eu também estou fazendo isso. Vá até onde sua mente alcançar, vá até onde seu cérebro aguentar. E se algum dia nos encontrarmos novamente será simplesmente para você me confirmar, então, que tudo o que você mais procurou, tudo pelo o que você foi embora, todas as verdades as quais você foi atrás estavam todas - todas!, em um único lugar que você perdeu porque deixou para trás: no meu coração.

Eu tenho medo de estar perdendo. Medo de estar perdendo todo o meu dom para o café, para as anotações, para fazer amigos, para escrever minhas cartas. Passo o tempo todo pensando em ti, em como posso estar em dois lugares ao mesmo tempo? Aqui e aí, em seus pensamentos. Porque sei que você pensa em mim, que me suga, que me reflete o pensamento, que se volta em minha direção, seja lá onde esteja.
Às vezes me vem a ideia louca de deixar tudo e correr para o seu lado, te abraçar e beijar, "estou aqui, meu bem".
Você foi o meu pedaço-mor, meu banho após o dia.
Hoje você é a minha vida, é o meu humor, é a razão do café e do sorriso, da carta de despedida, da lágrima presa, do grito sufocado.
Porque eu já nem sei mais o que escrever sobre tudo.

"- Por que é tão importante o Amor?
- É a vela do navio.
- Permite que eu insista: que é o Amor?
- Dar.
- Dar... Mas dar o quê?
- Dar. Desde um olhar até tua vida.
- Que podem dar os angustiados?
- A angústia.
- A quem?
- À pessoa que lhes quer bem...
- E se não tiverem ninguém?
O mestre fez um gesto negativo.
- Isso é impossível... Até os que não te conhecem podem amar-te.
- E que me dizes de teus inimigos? Também deves amá-los?
- Sobretudo a esses... O que ama aos que o amam já recebeu a recompensa."

 Operação Cavalo de Tróia - Livro I.

"- [...] Não obstante, muitos dos homens de meu mundo desejaríamos fazer-te uma pergunta...
- Adiante! - animou-me o Galileu.
- Poderíamos chegar a Deus sem passar pela igreja?
O rabi suspirou.
- E tu necessitas dessa igreja para chegar ao teu coração?"


 Operação Cavalo de Tróia - Livro I.

Você fundamentou a amizade, afundou meus antigos conceitos, me mostrou palavras e carinhos que eu nunca imaginei estarem destinados a mim, na vida. Você era meu espelho, meu ego, minha pequena flor que eu cuidei e tratei com amor. E nós crescemos tão juntas, tão unidas, e não podíamos nos separar. Talvez eu nunca tenha parado para falar-te isso tão seriamente quanto agora, mas sempre precisei de você. Você, minha amiga de tanto tempo, talvez há mais tempo do que nós duas possamos imaginar, foi meu espáduo, meu motivo, minhas alegrias, minhas tristezas, minhas felicidades, minhas dúvidas. Sem você, nunca teria chegado a lugar algum, nunca teria conhecido experiências e tratado de problemas. Nunca me acharia naquela escola, não teria um ombro amigo e nem teria porquê gostar de ser amiga.

Travamos uma amizade de tanto tempo, e agora, sem você aqui, eu sinto falta do teu riso, das horas em que você não conseguia contar uma história porque ria demais, dos seus gritos, das suas insistências para que eu tivesse alguma vida social (coisa que até hoje eu peno para ter), dos segredos, do teu perfume, do seu olhar, dos dias em classe, de tudo. E lembro de tantas cenas, e elas passaram, e não voltam.

Minha amiga, sinto tanto a sua falta como se tivessem me tirado o oxigênio do mundo. Nunca te esqueço, você é única, e sempre, sempre que precisar, conte com sua ninho, que sempre está aqui, por você. Te amo, flor. ♥

 Mãe, meu primeiro exemplo de amor. Amor que conversa para aconselhar, amor que sacrifica para felicitar. Do amor que esquece de si mesmo por um mês para ver um sorriso de 3 segundos. Do amor que sofre junto, que sofre sozinho, que ama junto, que ama distante, que ama sozinho.

Amor esse que enfrenta todos para proteger, e que se vira para ralhar com a gente por algo errado. Amor que tenta ser amigo, às vezes consegue, às vezes não. Amor que nós, filhos, não conhecemos direito, e por isso às vezes desprezamos.

Se tudo o que você consegue fazer pudesse ser dito em tal blog, em tais palavras, não seria nem de longe amor. São coisas que ultrapassam os sentimentos até mesmo das mães. Acho que mães nunca imaginaram que ser mãe é algo que está dentro de cada mulher, esperando ser despertado. Nunca imaginaram que iriam sacrificar tanta coisa em nome de um moleque sujo que adora futebol e que sequer diz "eu te amo" quando sai para o colégio ou encontrar a namorada. Esse é o verdadeiro amor, o amor que fundamenta qualquer outro. É o primeiro amor que todos nós conhecemos, e que tentamos disseminar, imitar, renovar em outras pessoas, que na nossa opinião "merecem". Quase como se você não merecesse, né, mama? Mas você merece. Merece tanto que você é a primeira a ver o nosso sorriso quando pequenos. É a primeira palavra que a gente diz. É a primeira a quem a gente recorre. É a primeira pessoa que não queremos abandonar. Para os meninos, você é o primeiro amor deles. Vão querer sempre te ver bem, sem chorar, darão carinho, farão tudo por você. Para as meninas, você é a primeira mulher que elas tentarão ser. Calçarão seus sapatos quando não estiver em casa, usarão sua maquiagem, pegarão suas jóias e brincarão de ser, inconscientemente, você.

Esse texto é pequeno, mas não é insignificante. É mais para dizer que eu te amo, todos nós, filhos, amamos você, mamãe. Mas é dizer isso sem usar palavras. É dizer isso em forma de flor, de beijo, de olhar feio, de abraço, de presente feito em casa, de um sorriso, de um adeus. Mas essa tecnologia não chegou até a internet, e por isso precisei usar palavras. Mas finja que estas não existissem, e no lugar delas sinta os gestos tirados de todos os cantos do coração. <3

 "Eu poderei te dar todos os motivos do mundo para ter raiva de mim. Infelizmente, você nunca terá tanta raiva de mim como eu tenho. Nunca terá tanto desgosto de mim como eu tenho. Sinceramente, eu não preciso de ninguém pra me odiar, a minha cova eu já cavei, eu já provei; já deitei lá em dias frios, em dias que chorei até vomitar; já dormi lá, já descansei minha cabeça na terra fria, já sonhei com meu caixão. A minha vida toda vai ser assim, enquanto o parasita estiver sempre entre nós, e eu sei que ele sempre estará, ele é imortal pra você.

Eu não preciso da sua compaixão, eu não sou ninguém pra você amar. Pode se divertir à vontade com outras pessoas, pode ter amigos e amores à vontade, me deixe sozinha, certo? É sempre assim. Tens medo de se machucar ao se aproximar demais? Sim, você está certo.

Eu queria implorar pelo seu amor, queria voltar no tempo e fazer tudo o que eu tinha que fazer pra nunca ter sido posta, em momento algum, em segundo lugar, mas eu acabei de apreender uma determinada ideia: eu sou o que sou na sua vida, e se você não me considera mais, isso é culpa minha.

Obrigada por tentar me tirar da minha cova, mas eu estou morta, ouviu? Vá brincar no mundo dos vivos, vá brincar de pique-esconde com seus amigos, vá gravar momentos. Eu sou seu passado, presente e futuro. E como tudo, eu tive um fim. Então, por favor, me deixe descansar agora, eternamente. Adeus."

Você já sofreu por amor? Não? Que bom! Quer uma dica? Nunca se apaixone, então. É, porque você pode dizer o que quiser, até mesmo que sabe todas as teorias do amor. Não adianta: é algo que você nunca vai se sair bem de primeira. E se sair pode ter certeza: não é você nem seu amado(a), é pura sorte.

E você já sofreu por amor? Ruim, né? Só que eu tenho uma novidade, amigo(a) sofredor(a): você não sofre por amor! Não, nunca sofreu por amor.

O que dói não é o amar e sim a falta de experiência no amar, saber amar. Sofre por ciúmes, por brigas, por discordâncias, mas nunca por amor.

O amor não vem da mente, não vem do corpo: não vem de incertezas humanas. O amor não é aquele desejo selvagem e quase desesperado por sexo. Ele não está no ciúme. Ele não está na briga do certo e do errado. Todas as coisas que sentimos desse tipo são meras consequênciasdo corpo quando amamos. E estamos tão pregados(as) à matéria que deixamos essas bobagens intervirem em nossos relacionamentos; você pode até encontrar o grande amor da sua vida, mas está tão despreparado para amar que acaba por perdê-lo(a).

Não acredito no que dizem: que amor tem fórmula, que ele acontece e acaba. Apenas nós não sabemos amar de verdade, reverenciar este sentimento que acontece tão raramente em nossas vidas; não sabemos ultrapassar a matéria, a matéria que tem seu relógio cronometrado de acontecimentos: hora de nascer, hora de aprender,hora de errar,hora de se apaixonar, hora de acertar, hora de casar, hora de se separar, etc.

Por que acompanhar as mudanças biológicas do corpo? Por que não ultrapassar isso e amar sem preconceitos? Compreensão de ambas as partes,é o que mais falta.

Não posso dizer que "nossa sociedade é jovem e imatura, e que precisamos de tempo para adaptar um novo conceito de amar". Nossa existência social tem bem uns mil anos ou mais! Ou será que teremos de sofrer um pouquinho mais, e em vão, para que a próxima geração fique só (e ainda só) pensando em como amar? Por que não fazer isso agora?

Bom, eu não sei. Eu mesma amo errado. Tudo sempre é teoria, se não se pratica. Então, enquanto empurramos o amor com a barriga, eu faço um apelo aos que gostam de causar ciúmes: não façam isso. Aprendam a respeitar pelo menos o amor dos outros, se não se importam com o seu. Não é por nada, mas quando amarem de verdade... vocês vão saber.