Finalmente, depois de 1 ano e alguns meses de noivado, eu e meu noivo compramos nossos anéis de noivado! É maravilhoso receber um anel dessa forma, e escolhi um que não aperta nem sufoca o dedo, pra ver se dá sorte e ser um espelho do nosso casamento! Nos primeiros dias foi estranho usá-lo, porque não somos acostumados a usar anéis (ele, por ser homem, e eu porque esperava a do noivado/casamento mesmo). Então eu lembrei que eu nem sabia direito como funcionava esse tipo de coisa, e decidi postar aqui o básico para os possíveis futuros noivos.
1. Somente as alianças.
2. Somente o anel de noivado.
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3. Anel de noivado e alianças.
Você compra o anel de noivado para impressionar a moça e realizar o pedido. Depois vocês vão juntos a uma joalheria para escolher as alianças que trocarão no dia do casamento.
→ O noivo pode presentear a amada com um anel de brilhantes (se puder), que representa amor eterno.
→ Século 19: O primeiro anel de noivado foi criado por Charles Tiffany, chamado "solitário", que tem uma pedra de diamante ou brilhante suspenso por seis garras. A ideia é que a joia dure por toda a vida da mulher, sendo usada o tempo todo, devendo ser clássica e de metal nobre.
→ Brilhante x Diamante: "O diamante é a pedra. O brilhante é a lapidação redonda.", Contou Teresa Grinberg, gerente de vendas da joalheria Tiffany no Brasil.
No caso do meu noivado, a minha mão é pequena e a dele grande. Então decidimos comprar anéis de noivado (sim, para os dois) e posteriormente comprar as de casamento. Esse pequeno tutorial foi só para dizer o tradicional mesmo, mas na boa, para quem gosta de inovar, um anel de rubi ou um cheio de fricotes seria o máximo para noivar!
Referências:
http://monicacerimonialista.blogspot.com/2009/10/noivado-anel-de-noivado.html
são tais como luminosas pedras, que escorregam pelo tempo e se perdem no passado.
Se é pra postar besteira, então que essa seja a única desse dia.
Quantas vezes a gente disse "eu te amo" e se arrependeu meses depois?
Quantas horas nós passamos à espera do resultado
A tensão do pé ao antebraço,
para depois tudo passar?
Quantos dias não contamos para aquele dia chegar,
e depois lembrar que não era nada importante, que realmente
nem valia a pena esperar?
Pergunta vai, resposta vem,
Pergunta vai, resposta vem,
Pergunta vai, resposta vem,
E não aprendemos nada de vez.
Quantas vezes vamos jogar de cometer os mesmos erros
Achando que nada disso vai realmente funcionar
"Estamos aqui só pra brincar"
Até que um dia vamos ver
O sol nascer redondo,
Vamos realmente ver a coisa acontecer, não só apenas saber...
E talvez assim dizer
"É, e eu que entendia tudo errado..."
Pergunta vai, resposta vem,
Pergunta vai, resposta vem,
Pergunta vai, resposta vem,
E não aprendemos nada de vez.
Sim, porque se você não amar, o fim vai chegar mais rápido do que você espera.
Este é um tutorial bem simples, se você se identificou aqui como a mulher da relação, homem ou mulher, esforce-se para encontrar alguém que valha a pena fazer tudo isso, pelo menos. Se você não se identificou, parabéns. Você é o "homem da relação".
Estava pensando em aparecer de repente da na sua vida,
estava pensando numa surpresa para fazer suas pernas tremerem.
Aquelas nuvens que um dia cobriram o nosso céu estão se dissipando,
E a cada dia eu ganho confiança em mim.
Até que achar isso bobo é legal, porque o amor é bobo.
E ler isso tudo ouvindo Careless Whisper é o melhor sussurro do mundo,
Um sussurro que lembra seu nome.
Eu posso aparecer a qualquer dia na sua mente,
E desaparecer pra sempre da minha vida.
Mas tudo o que eu faço, é em nome do nosso amor.
E as noites que eu me viro na cama, estou cheia de dúvidas,
E logo depois o seu abraço me encontra, me tira do fundo,
e eu volto a viver.
O que seria a minha vida sem você?
Quando eu viro o rosto é com medo de que você perceba o quanto sou fraca por você,
Porque eu quero sempre parecer forte.
Para parecer que eu aguento tudo, e me acabo por dentro.
Mas aí você me beija, e eu esqueço que sou forte, eu esqueço que sou dura,
Porque eu nunca fui assim.
O que seria a minha vida sem você?
Desanimada, desigual, desinteressante,
Isso era pra ser uma música,
Mas é só o espelho do meu medo,
Do meu medo de te perder.
E as noites que eu me viro na cama, estou cheia de dúvidas,
E logo depois o seu abraço me encontra, me tira do fundo,
e eu volto a viver.
O que seria a minha vida sem você?
Desanimada, desigual, desinteressante,
Isso era pra ser uma música,
Mas é só o espelho do meu medo,
Do meu medo de te perder.
Então toda vez que eu cantar ela pra você, você me abraça
Me diz que me ama, e que nunca vai me largar,
E que ninguém e nada vai nos separar,
Nós dançaremos para sempre, riremos para sempre,
Jogaremos para sempre esse ritmo de dor pra bem longe daqui.
Desanimada, desigual, desinteressante,
Isso era pra ser uma música,
Mas é só o espelho do meu medo,
Do meu medo de te perder.
Em homenagem ao homem mais incrível de todos os tempos e de toda a minha vida, Renato.
Pode até ser que eu não conheça o amor. Mas pelo visto ele me conhece. Me conhece tanto que pôs você no meu caminho, sabendo que me derrubaria, que eu iria querer me encantar. É tão esquisito ver que você me atrai em tudo; tão esquisito ver que consigo manter uma conversa contigo e querer ficar falando, falando, falando, gastando toda a voz; gostar das mesmas (ou quase) coisas que você; te achar o homem mais lindo dentre todos, uma vez que para mim homens bonitos não existem; ficar te pedindo em casamento; me preocupar tanto com você; ser adorada; e, mais do que tudo, sentir que eu conheço você.
Lembro da primeira vez que te perguntei sobre Ragnarök e sobre seu paladino. Lembro da tua primeira ligação, do som da sua voz. Sua amizade é tudo. O meu conforto era pensar que , se eu quisesse desabafar, você estaria pronto para escutar. Adorava as ligações depois da meia-noite, e mais ainda todas as horas que lembrou de mim.
Nunca haverá ninguém como você em minha vida, que faz as noites parecerem eternas e os dias menos quentes. O calor da sua voz é um sopro de vida, o seu abraço é o meu mundo. Cada beijo é um troféu de diamante em nome do amor. O teu perfume é o mesmo que o meu, o teu cheiro na minha pele para sempre. O tempo do eterno contigo foi o passado, é o presente e será o futuro.
Eu não preciso da sua ausência para saber que ela dói. Ela doeu todos os anos que eu não te conheci. E a sua presença sempre foi (por falta de palavra melhor) tão mágica, que eu não tinha percebido até então o isso tinha significado: finalmente eu tinha encontrado o meu lugar no mundo.
Sem você, não existem bons momentos. Não existe a felicidade ou sequer um sorriso verdadeiro. Não existem sonhos, e sim olheiras pela manhã. Não existem planos de um futuro com você, só existe você. E existe o nervosismo de te rever, o coração acelerado, o suor frio. Para sempre assim? Não sei, porque é bom estar apaixonada todos os dias por ti.
Quero agradecer as inúmeras vezes que você teve paciência comigo. E nem mesmo assim deixou de me amar. Os dias sem você não são dias. Só tempo vazio que se arrasta. E quando eu penso em nós, vejo que nos entedemos há mais tempo do que nós imaginamos. Escolhemos estar um do lado do outro, eternamente.
Eu te amo muito, Renato. Você sempre será o meu grande amigo e meu eterno amor. E saiba que é maravilhoso ter o homem da minha vida, na minha vida. Sempre. ♥
Oi pessoal que lê meu blog :) e oi para os que não leem, só encontram ele ao acaso para pegar fotos x)
Estou fazendo esse post mais pessoal, para fazer alguns esclarecimentos que eu não havia reparado que eu deveria fazer. Só depois que o Iatan me perguntou uma coisa. Enfim, é só para dizer que meus textos aqui não tem relação com nada que se passa na minha vida. Em maioria, são coisas que eu imagino, histórias impossíveis, ou simplesmente a vontade de escrever como se eu fosse protagonista daquela história. Em geral, coisas minhas eu não posto em canto nenhum, ou relativamente sérias.
O blog mudou de nome porque eu achei que combinaria mais com o conteúdo. São mágoas os amores perdidos, as falhas do sistema do nosso país, a saudade das pessoas próximas, etc. Óbvio que aqui não tem só mágoa e reclamação, né gente? --' De vez em quando eu faço um post bom (em homenagem à minha força de vontade de não só reclamar).
:* Mil abraços encantados.
Hoje eu estou magoada. Espero que ninguém se preocupe, embora eu saiba que não vão se não souberem. Eu nem sei dizer porquê estou assim, os sentimentos correm rápido demais e às vezes eu não consigo acompanhá-los. Mas é claro, quando isso acontece eu procuro me afastar para que tudo se manifeste e para que eu consiga superar. Só que isso é tão antigo que eu me pergunto se é realmente superável.
Claro que muitos de vocês já se sentiram enganados, postos de lado, naquela hora que é, não deveriam ter nos deixado. Sabe quando você arrisca sua vida por uma pessoa, e ela não tem coragem de contar para você a verdade sobre os sentimentos? Ela esconde, ou finge esconder, ou nem sabe que está escondendo de si mesmo uma verdade que nos magoa de uma forma a pensar "o que eu vim fazer nesse mundo?". E quanto mais ela diz "não", mais suas ações parecem "sim"?
E eu nem sei mais o que digitar. Como se diz para ela que está chateada sem provocar uma briga? Como se diz para ela que está magoada, mas que ela não precisa se preocupar, só precisa saber?
"Eu faço esse texto porque eu sei que você não olha o meu blog. E eu preciso expressar a minha fúria de algum modo que eu não venha a encarar seus olhos impacientes e sua mentira de que "isso já faz muito tempo, eu já esqueci". Porque com as poucas coisas que acontecem, raramente, eu vejo que a vilã fui eu, e que na verdade, você mente para que eu possa ficar em paz.
Quando eu achei que separar fosse a solução, ela se tornou o meu problema porque todos os dias da minha vida eu vi que era mentira; não se separa algo de que não se faz parte. Aprendi isso da maneira mais dura possível, porque somente eu me separo das minhas coisas. A distância não é nada, se o seu coração ainda está junto.
Quando eu quis ser tão especial, eu comecei a ver as diferenças. Que eu era tratada de forma diferente, que a sua mentira era alimentada pelas minhas esperanças, estas quais eu já não tenho mais. Eu já não acho que você esqueceu tudo, ou que era tudo passageiro, mas sim que você queria voltar às mesmas coisas de antes, que tenta reviver tudo outra vez, que sempre corre atrás do seu passado. Eu tenho medo de dizer isso pra você, principalmente porque eu sou a causa de você correr tanto, mas quem corre atrás do passado atrasa a própria vida. Não vive direito. O que é uma ironia, já que fui eu que causei isso, não é?
Você pode me achar diversas vezes fria e distante, mas é que eu ainda não me acostumei à essa ideia que eu acabei de perceber. Eu preciso de mais tempo até tudo entrar na minha vida, e eu aceitar que a solidão sempre foi uma marca minha. Que eu nunca terei ninguém que me ligue depois de anos porque sentiu minha falta; que eu nunca terei ninguém que reze por mim, ou sonhe que está em uma montanha-russa comigo; que eu nunca terei alguém a quem me ame surpreendentemente acima de tudo, inclusive do tempo; que eu nunca terei um amigo assim e que eu nunca serei uma amiga assim.
Aceitar o destino da solidão interna é mais difícil do que se pensa. Porque sentir-se menosprezada, controladora e um aborrecimento é ruim como ser forçada a comer terra. Só que ser humano nenhum merece ser vítima de tais sentimentos, principalmente você. Pode ter certeza que se algum dia você olhar para este post, vai saber que seja lá o que você estiver sentindo, não é comparável às lágrimas e à dor que hoje eu desabafo. Era apenas para você entender como eu me sentia, mas nem isso eu consegui.
Agora eu penso: E agora? Como eu vou me mover sozinha, sendo que mesmo que não esteja, é tudo o que mereço? A culpa sempre foi minha. Você mesmo disse, "um dia, quando você parar de sentir isso, vai perceber o quão esse sentimento foi idiota", ou algo assim. E é verdade, é idiota, como você disse. Só que eu ainda estou me adaptando a isso, entende? Eu queria muito que você sentisse o que eu sinto, mas é impossível, porque você não é igual a mim.
Eu já nem sei mais o que falar. Só espero que me perdoe, talvez algum dia no futuro. Mas eu sei que sempre vai me considerar culpada por isso. Eu te amo."
Criado por: Morgana S.
Eu tinha (ou tenho) esperança de que se alguém esbarrar nesse blog, que leia este como um toque dado por alguém que conhece tão pouco da vida, e que já teve inúmeras experiências de opiniões divergentes que acabaram em briga, e poucas em algum tipo de fatalidade.
A bem da verdade é que eu estava no twitter, lendo alguns tweets e de repente vários começaram a aparecer na minha frente (coisa que não acontece raramente, visto que sou seguida por umas 14 pessoas e sigo umas 24). Pessoas, como eu, sentadas em frente à sua máquina virtual que por algum motivo viram uma frase ou um comentário digno de rebate. E isso é um direito de todos nós. Eu comentaria lá, mas o espaço é sempre tão pouco para quem quer dizer muito, não? Então resolvi postar aqui mesmo, porque eu penso que é difícil comentar sobre um assunto sem ter alguém que se meta no meio, por achar que a crítica lhe é direcionada ou pelo simples fato de gostar de contestar. Particularmente, eu não gosto de dar minha opinião sem ser chamada, ou quando não se trate de algo público ou não direcionado à minha pessoa. Quer dizer, quem gosta de ser incomodado em sua própria opinião?
Mas acho que começamos a rasgar a verdadeira essência de "liberdade de expressão". Quantas pessoas nós conhecemos que não dão opinião sem atacar os outros? Porque, de maneira expressa, a sua opinião é sua e ninguém pode mudá-la, a não ser você mesmo. Questão: então por que é tão díficil expôr a sua visão à outra pessoa sem desencadear uma guerra mundial? Parece que, ao dar nossa opinião, de alguma maneira deixamos transparecer ao outro que queremos que mude a sua, que passe a aceitar e crer as mesmas coisas que nós. Isso se dá pela maturidade das pessoas que discutem em questão.
Sim, porque o fato de você fazer uma faculdade, ou ser pós-doutor em outra, não lhe dá o direito de achar que sabe de tudo. Pode ter conhecimentos a mais, pela oportunidade de estar estudando. Mas ainda assim, essas pessoas que se dizem cheias de cultura, respeito e saber, às vezes não são educadas o suficiente para reconhecer que a hora de parar de falar passou, e que todas as pessoas tem o direito de não concordar ou de não gostar. Ao fazerem isso, arduamente estariam tentando defender, como puderem, as suas teses. Isso é o que as pessoas de opinião fazem, não importa se esta é errada ou certa, verdadeira ou falsa.
O que falta, certamente, é a educação ser interpretada de maneira a não deixar dúvidas. Ser educado em casos de opinão, em hipótese alguma, é: desrespeitar crenças, difamá-las por existirem, colocando toda a culpa nelas e apenas nelas; falar de forma culta, porém expressando opiniões radicais; dar a entender-se que tem mais inteligência ou conhecimento em algum assunto do que o outro, dando por assim a compreender que o acha inferior a tais padrões de conhecimento (porque não são todos que tem a oportunidade de ter acesso à fonte de informações seguras ou completas); subjulgar a opinião do outro simplesmente por diferenças biológicas ou por sua opção sexual; em suma, você julgar a opinião pela pessoa que ela é ou representa em si, e não por seus argumentos.
Decerto muitas pessoas ironizariam este "pseudoartigo", falando que eu não saberia como se sentem sendo apedrejadas pelas opiniões forçosas ou pelas palavras radicais de muitos. Mas pare e pense um pouco, se as opiniões de lados opostos sempre forem radicais umas com as outras, jamais chegarão a um consenso, termo ou acordo. Porque ser humano nenhum gosta de ver suas opiniões forçadas para baixo. Sem falar que, ao mesmo tempo em que isso acontece, ambos os lados começam a perder razão, a perder voz. Se me perguntarem o porquê do mundo estar em conflito, eu lhes digo: não há respeito pelas diferenças. E quando as pessoas alfinetam outras, estas se defendem da mesma maneira. E é como bem diz a frase, "olho por olho, e o mundo acabará cego".
Isso é entre qualquer caso, e mais agora, que o Brasil passa por uma profusa fase de teste aos habitantes, os quais podem aceitar legalmente os homossexuais em mesmo território que os heterossexuais, assim como aceitam a Igreja Católica e a Igreja Evangélica em um mesmo país. O complicado, ainda como eu disse, é a forma com que ambos os lados defendem suas ideias. Já não seria hora, não só do Brasil, mas do mundo inteiro, de começar a aceitar que o tempo passa, e ele muda tudo e a todos? E que não é preciso gritos e protestos, como se ainda vivessem no ano que nasceram, ou como se não fossem homo sapiens, para se chegar a um acordo onde todo e qualquer ser humano poderia ter direito aos seus próprios direitos? Talvez essa hora tenha passado. E talvez isso seja um teste maior de algum ser maior do que nós, para saber se estamos aptos a nos adaptar e aceitar as mudanças que estão por vir; se conseguiremos sobreviver ao futuro da nossa raça, que espelhando-se nos exemplos de hoje, tem um tom de vermelho como sangue. Mas quem sabe? Antes tarde do que nunca.
... Acho que não tenho orgulho de ser brasileira não. Porque durante toda a nossa vida, somos desencorajados a pensar politicamente, por meio de uma estratégia governamental, provavelmente, pra que todo mundo possa cagar e andar pra nós. A minoria que disso sabe, se se mover, vai presa, é morta, tem que pagar altas punições porque diz e sabe a verdade. E os brasileiros tem um coração tão bom e gentil que preferem ser pisoteados a viver em guerra por seus direitos.
B: ^^ Fenomenicamente não faltam defeitos, né. Mas é preciso ver além.
M: Então eu falei errado; eu tenho orgulho de ser brasileira, mas tenho uma vergonha nata do meu país.
B: E talvez os brasileiros tenham esse coração bom e gentil, mas não a mente dócil e positiva. Por isso, se os brasileiros mudarem, a pátria mudará.
M: Nós não temos mesmo; porque desde muito cedo fomos estraçalhados e a maioria só conhece a dor e o sofrimento, e nada além disso. Porque não há ninguém que vá incutir essas ideias na gente. A menos que a gente se esforce. O que é outro defeito; são tão raros os casos de pessoas esforçadas que progrediram na vida que dá-se o exemplo de que é melhor viver como está, do que sofrer tentando para nunca alcançar uma felicidade apenas almejada. Talvez haja um medo populacional de que isso não exista para nós.
B: Pessoas que querem progredir não se conformam em viver como está... Pelo menos no meu caso não. Por isso estou reconhecendo a mudança muitas vezes considerada impossível.
M: É, as que realmente querem, não se conformam. Mas isso é dizer que a maioria quer ficar sempre embaixo. O que é preciso para que as pessoas possam soltar suas vontades de dentro das gaiolas, afinal? Porque os poderosos não estão olhando para o seu povo.
B: É preciso a mudança da postura mental das pessoas. É fato que os poderosos não olham para o povo, mas isso faz parte de um ciclo que se inicia no próprio povo.
M: E como isso decorreria, se parte das mentes é manipulável por aquele que faz mais pela família de um e de outro, ou são assombrados pelo fantasma da opressão política, ou até mesmo sem opção? Como mudar uma mente que tem tão poucos recursos para pensar? Uma pessoa, hipoteticamente, que nunca viu uma geladeira, jamais poderia saber da existência dela se não mostrassem a ela a sua existência, que a opção existe, e está lá, e que pode ser usada se for de sua vontade! Professores, talvez? E o que os pais dos alunos de tais professores diriam ou pensariam, se seus professores blasfemassem contra o político que os ajudou, porque ele tem uma lista negra e continua com ela?
B: Talvez seja simplista para muitos a minha perspectiva, Morg, mas para mim o trabalho que realizo na SNI é fundamental para isso... Embora limitado quanto a aceitação das pessoas pelo trabalho espiritual. Essa é a minha forma de contribuir.
M: É, eu tenho que admitir; a hora do mundo chegar a uma nova concepção não é essa... Fazemos o que podemos, na esperança de sermos lembrados pelos descendentes...
É uma novidade, até mesmo para mim, mas eu me demiti do meu primeiro emprego. Achei que isso não seria possível, mas o destino enganou-me outra vez. Enfim, um dia desses passando por uma avenida aqui em Goiânia chamada T-63 a caminho do trabalho, eu percebi que havia um prédio novo, uma inauguração desconhecida, uma boate. E eu lembrei que aquele edifício estava em construção quando eu passei por ali nas primeiras vezes para alcançar a vaga do meu "atual-futuro-ex-emprego" (estou cumprindo aviso prévio). Ele ficou tão belo, tão imponente, e na minha opinião ele não ficaria assim.
Foi aí que eu comparei o seu crescimento com o meu... Há alguns meses atrás, em 2010, eu passava por ele 6 dias por semana, e dia após dia era acrescentado algum item importante à sua estrutura, assim como foi comigo também. Nos meses que passei trabalhando aprendi tanto sobre tantas pessoas em tão pouco tempo que hoje acho difícil manter uma opinião formada sobre elas. Eu comecei achando que as pessoas eram impacientes e que precisavam de carinho. Depois, achei que elas tinham muito carinho e reclamavam demais. Foi então que eu comecei a ter raiva das pessoas, a achar que nenhuma, até mesmo as que eu conhecia tão bem, eram como elas demonstravam. Agora, saindo da empresa, eu tenho a impressão de que todos os sentimentos que me indaviram simplesmente eram "ossos do ofício". É impossível você atender pessoas de todas as partes do Brasil, com culturas tão diferentes e não sentir nenhum sentimento por elas, mesmo que seja de 5 minutos ou 40.
E foi daí que eu lembrei da minha casa. Eu era intolerável para meus familiares, a maior parte das vezes, e para outros eu era doce e pacata. Me lembrei de como conseguia ser amorosa e irritante, o que me fez ter pena de mim, que agora conheço a situação de saber como realmente é uma pessoa e saber que os outros não compartilham da minha opinião. Eu fiquei tão seca que não consegui mais amigos, só loucura na minha mente, quase despedacei meu "casamento" e minha vida, porque sempre está faltando alguma coisa em mim. Não adiantava ler os horóscopos, os quais não me tinham mais significado. Então eu lembrei que o que me fazia feliz era a segurança do lar, dos conhecidos e amigos, da família. Da música cearense que embalou a minha infância, da praia com a família, da história do sertão como algo espiritualmente evoluído. Adoro esta cidade, amo o meu marido, mas eu seria tão mais feliz se eu tivesse novamente a oportunidade de estar lá, talvez de entrar nas histórias do meu povo e sentir como realmente é viver.
Meu coração estava tão seco como o sertão por eu não ter admitido isso antes. Mas de vez em quando eu danço xote sozinha, imaginando como seria se fosse lá, como uma menina adolescente que perdeu a infância por pensar sempre em ir tão longe na sua vida... E eu estou bem longe, mais longe do que jamais estive. Eu não reconheço os lugares, eu não faço amizades, parece que tenho medo. A única forma de viver agora e não chorar pelo passado é não esquecer as raízes e que por mais que eu detestasse na época, aquele era o meu melhor lar e não importa o quanto eu o negue, eu sempre o amarei.
Já não tenho mais paciência de correr atrás de pessoas ou de amigos, eu tento, mas se não dão retorno, ou não veem com bons olhos o que eu faço, vá se ferrar. É, é isso que eu tenho a dizer. Eu fiz o que talvez você, ou muitos por aí, não tenham tido coragem. É ir atrás do que quero. É, e não adianta fazer cara feia do tipo "mas eu faço o que eu quero", porque tenho certeza de que você queria mais. Queria algo que acha que não dá pra ser. E ser humano é pensar exatamente assim, pequeno. E como ser humano, muitas vezes eu fiz a mesma coisa. Pensei pequeno. Eu sou muito mais humana comigo mesma quando penso em tudo o que pode ser bom pra mim. Não sei como eu ainda vejo as mudanças que estão por vir, algo me diz que são muitas e que não saberei como encará-las, mas é pra isso que eu estou aqui. Pra saber e pra não saber.