M: Sabe, eu andei pensando...  

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... Acho que não tenho orgulho de ser brasileira não. Porque durante toda a nossa vida, somos desencorajados a pensar politicamente, por meio de uma estratégia governamental, provavelmente, pra que todo mundo possa cagar e andar pra nós. A minoria que disso sabe, se se mover, vai presa, é morta, tem que pagar altas punições porque diz e sabe a verdade. E os brasileiros tem um coração tão bom e gentil que preferem ser pisoteados a viver em guerra por seus direitos.

B: ^^ Fenomenicamente não faltam defeitos, né. Mas é preciso ver além.

M: Então eu falei errado; eu tenho orgulho de ser brasileira, mas tenho uma vergonha nata do meu país.

B: E talvez os brasileiros tenham esse coração bom e gentil, mas não a mente dócil e positiva. Por isso, se os brasileiros mudarem, a pátria mudará.

M: Nós não temos mesmo; porque desde muito cedo fomos estraçalhados e a maioria só conhece a dor e o sofrimento, e nada além disso. Porque não há ninguém que vá incutir essas ideias na gente. A menos que a gente se esforce. O que é outro defeito; são tão raros os casos de pessoas esforçadas que progrediram na vida que dá-se o exemplo de que é melhor viver como está, do que sofrer tentando para nunca alcançar uma felicidade apenas almejada. Talvez haja um medo populacional de que isso não exista para nós.

B: Pessoas que querem progredir não se conformam em viver como está... Pelo menos no meu caso não. Por isso estou reconhecendo a mudança muitas vezes considerada impossível.

M: É, as que realmente querem, não se conformam. Mas isso é dizer que a maioria quer ficar sempre embaixo. O que é preciso para que as pessoas possam soltar suas vontades de dentro das gaiolas, afinal? Porque os poderosos não estão olhando para o seu povo.

B: É preciso a mudança da postura mental das pessoas. É fato que os poderosos não olham para o povo, mas isso faz parte de um ciclo que se inicia no próprio povo.

M: E como isso decorreria, se parte das mentes é manipulável por aquele que faz mais pela família de um e de outro, ou são assombrados pelo fantasma da opressão política, ou até mesmo sem opção? Como mudar uma mente que tem tão poucos recursos para pensar? Uma pessoa, hipoteticamente, que nunca viu uma geladeira, jamais poderia saber da existência dela se não mostrassem a ela a sua existência, que a opção existe, e está lá, e que pode ser usada se for de sua vontade! Professores, talvez? E o que os pais dos alunos de tais professores diriam ou pensariam, se seus professores blasfemassem contra o político que os ajudou, porque ele tem uma lista negra e continua com ela?

B: Talvez seja simplista para muitos a minha perspectiva, Morg, mas para mim o trabalho que realizo na SNI é fundamental para isso... Embora limitado quanto a aceitação das pessoas pelo trabalho espiritual. Essa é a minha forma de contribuir.

M: É, eu tenho que admitir; a hora do mundo chegar a uma nova concepção não é essa... Fazemos o que podemos, na esperança de sermos lembrados pelos descendentes...

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1 comentários

Isso é tão "robertamorganicamente" falando. O Brasil só tem uma solução: toca fogo em tudo e reza para que as baratas comportem-se e tomem atitudes mais dignas que a da maioria dos seres humanos.

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